terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Skatista / Maconha / Marijuana / Cannabis



Primeiramente gostaria de explicar o porquê desse post sobre maconha aqui no skatersoul. É sabido que essa substância vem sendo objeto de muita discussão nos dias atuais e que num outro tempo quase todo skatista era visto pela sociedade como maconheiro e / ou marginal. Uma coisa eu quero deixar claro: skatista é skatista, maconheiro é maconheiro e marginal é marginal. Lembrando que marginal é todo aquele que está à margem da sociedade, seja por não ter tido escolhas, seja por ter escolhido mal e que pode ser ou não um bandido.

Existe o skatista que usa marijuana e que é sangue bom. Existe o skatista que não usa e é marginal. Tem aquele que usa, é marginal e só provoca confusão. E gente assim tem em todos os seguimentos da sociedade. Não sejamos hipócritas. Minha cabeça está a mil agora mas vou tentar explicar todas as idéias que nela fluem de uma maneira clara e organizada.

Sou professor do eja (educação de jovens e adultos) à noite e uma vez um aluno me perguntou com um sorriso irônico qual era a minha opinião sobre a legalização da maconha. Eu disse a ele que eu não tinha preconceito nenhum com o usuário, cidadão de bem, trabalhador, que paga os seus impostos e procura seguir as leis de forma adequada e que conheço pessoas que fazem uso e, pelo menos até agora, não tiveram nenhum problema. Sou totalmente contra o preconceito ao usuário mas a questão não é só legalizar, precisamos pensar a respeito das consequências implícitas que o uso contínuo dessa substância pode causar.

A questão é mais séria quando falamos sobre o traficante, o uso indiscriminado da maconha e seus efeitos em cada indivíduo. O Nosso cérebro é uma máquina que precisa de combustível adequado pra funcionar assim como um carro. O carro pode até virar uma super máquina com um combustível alterado mas se o motor não for preparado para esse determinado combustível, com o tempo ele não irá suportar e provavelmente irá fundir. Diante disso cada cérebro possui uma característica específica na sua formação. Alguns suportam mais, outros menos. Como saber por quanto tempo o meu cérebro conseguirá sobreviver a esse novo combustível que não o oxigênio puro e saudável? Além do mais o skatista precisa do equilíbrio, do movimento e esses dois precisam dos neurônios inteiros para que aconteçam. Em um primeiro momento pode até ser divertido mas depois...


Quando me ofereceram, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: se eu experimentar e gostar será que eu vou conseguir parar quando eu quiser ou irei me tornar um prisioneiro? A segunda foi : o meu cérebro , a minha saúde irão sofrer algum dano quem sabe até irreversível? Como não consegui obter respostas imediatas para essas duas perguntas, a curiosidade que eu tinha de saber por que aquelas pessoas que usavam não paravam de rir se foi. Outra coisa foi que eu não precisei usar pra me sentir aceito, para que eu me tornasse um com o grupo. Todos me aceitaram mesmo eu sendo careta. Curiosidade, aceitação e identificação com o grupo são algumas das portas de entrada pra esse mundo cannabis e outras "dorgas".

Por último, ao invés de discriminar, abrace, faça perguntas importantes, aguce a reflexão sobre o assunto. Pode ser que mesmo assim as pessoas façam escolhas que trarão dor e sofrimento, mas pelos menos fizemos a nossa parte.

Era assim que Jesus fazia, ele abraçava, acolhia e fazia perguntas, pois as perguntas nos levam pra dentro de nós mesmos e é lá que encontraremos as respostas. Mesmo quando as pessoas decidiam caminhar pra longe dele ele não as impedia e sabia que a própria caminhada ensinaria. De um modo diferente, mas ensinaria.

Meu conselho para os skatistas sobre a maconha:
Se você é skatista e não usa, procure nem começar.
Se você é skatista e usa, procure parar. O skate em si é muito mais louco e emocionante, além de ser saudável. Você não precisa disso.
Se você não é skatista o mesmo vale pra você.
Skate livre de interferências químicas sempre!!!!

visite o link Efeitos da maconha no organismo

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